PROJETO:
UEBITH, UEBITH...SAPO VIRA PRÍNCIPE?
JUSTIFICATIVA:
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: “O mundo onde as crianças vivem se constitui em um conjunto de fenômenos naturais e sociais indissociáveis diante do qual elas se mostram curiosas e investigativas. Desde muito pequenas, pela interação com o meio natural e social no qual vivem, as crianças aprendem sobre o mundo, fazendo perguntas e procurando respostas às suas indagações e questões. Como integrantes de grupos socioculturais singulares, vivenciam experiências e interagem num contexto de conceitos, valores, ideias, objetos e representações sobre os mais diversos temas a que tem acesso na vida cotidiana, construindo um conjunto de conhecimentos sobre o mundo que as cerca.”.
A partir disso percebemos que nossas crianças trazem uma bagagem de conhecimentos e questionamentos sobre os mais variados assuntos que as cercam, então começamos as observar suas ações em diversos momentos do cotidiano. Certo dia a colega Laisa perguntou: “Né profe que sapo vira príncipe?”, paramos, pensamos um pouco e então perguntamos de volta a ela: “Será?”, e voltamos para a turma e perguntamos para as crianças o que achavam sobre o que a colega havia nos trazido, cada criança deu sua opinião sobre o assunto, então convidamos a turma para fazer uma pesquisa sobre o mesmo. A turma mostrou uma grande euforia com esta ideia, então pensamos em desenvolver atividades lúdicas, atividades de pesquisa, brincadeiras diversificadas, etc., que possam envolver as crianças e que torne a aprendizagens delas prazerosa.
OBJETIVOS GERAIS:
Conhecer a importância do sapo para o meio ambiente, observando seu desenvolvimento, adquirindo hábitos especiais de higiene e segurança no trato com os animais;
Conhecer um pouco mais sobre príncipes e princesas, fazendo a comparação da fantasia com mundo real, a fim de conhecer os príncipes e princesas do mundo real e do mundo mágico, de forma que as crianças possam vivenciar momentos de aprendizagens significativas para o seu desenvolvimento;
DESENVOLVIMENTO:
Após, socializamos com a turma sobre o que havia dentro da
caixa. Então conversamos sobre o SAPO e em seguida, confeccionamos um cartaz
com: “O que sabemos sobre o sapo! E o que queremos saber sobre ele?”, onde as
crianças citaram suas hipóteses e questionamentos sobre o assunto. Pintamos
algumas carinhas de sapo para enfeitar nosso cartaz e nossa porta.
Fizemos uma gincana, em que as equipes eram as meninas contra os
meninos, onde brincamos com as brincadeiras: “CORRIDA DO SAPO” e “CABO DE
GUERRA DOS SAPINHOS”.
Noutro momento, novamente fizemos a técnica da “CAIXA
SURPRESA”, onde havia um PRÍNCIPE lá dentro. Cada criança olhou o que tinha
dentro, para criar suas próprias hipóteses sobre o que havia lá.
Fizemos um momento de socialização com a turma, onde cada um
relatou suas hipóteses sobre a caixa, e após então, conversamos sobre o PRÍNCIPE.
Confeccionamos um cartaz com: “O que sabemos sobre o príncipe! E o que queremos
saber sobre ele?”.
Fizemos um momento de imitação, em que cada criança imitou
um príncipe de contos de fadas. Em seguida, brincamos com a brincadeira: “A
LINDA ROSA JUVENIL”.
Dando seguimento ao projeto, nós fizemos um cineminha com
pipoca, onde assistimos ao desenho: “A PRINCESA E O SAPO” – Disney.
Após, nós conversamos sobre o desenho e, em seguida
modelamos os personagens da história utilizando massa de modelar. Depois de
prontas as modelagens, cada criança apresentou sua obra aos demais colegas.
Ao final da tarde quando não havia mais crianças, fizemos
algumas pegadas de sapo pela sala para instigar a curiosidade das crianças.
Quando entraram na sala no outro dia, e perceberam as pegadas do sapo, as
crianças ficaram eufóricas, questionando como o sapo havia feito aquilo na
nossa sala e queriam sair para procurar o sapo.
A professora Natália teve que acalmá-las, até a professora
Darliane chegar, pois ai nós iríamos ver o que ia ser feito em relação ao sapo
misterioso.
Assim que a professora Darliane chegou, foi aquele alvoroço,
todos queriam mostrar e contar o que havia acontecido.
Então, fizemos uma roda de conversa, onde preparamos as
crianças com a seguinte história: “SABIA QUE AS PROFESSORAS VIRAM UMA BRUXA
VOANDO PELO CÉU, HUHUM, E ACREDITAMOS QUE ELA TENHA PRENDIDO O SAPO DAS PEGADAS
EM ALGUM LUGAR DA ESCOLA. POR QUE ELA DISSE QUE QUERIA USAR O SAPINHO EM UMA
DAS SUAS POÇÕES. ELA SÓ NÃO LEVOU O SAPO POR QUE VIU QUE APARECEU MUITA GENTE
NA HORA QUE ELA IA COLOCAR O SAPO NA SUA VASSOURA... O QUE VOCÊS ACHAM DE A
GENTE SAIR PARA PROCURAR ONDE A BRUXA PRENDEU O SAPO?”.
Então a turma saiu à procura do “sapo das pegadas”.
Imagina a euforia das crianças quando encontraram o sapo. Neste momento se juntou vários sentimentos dentro de cada criança, pois ao mesmo tempo em que demonstravam medo do sapo, elas também queriam ver ele de perto, tocar nele, pegar na mão. E também salvá-lo, pois a bruxa havia prendido ele!
A professora pegou o sapo na mão e virou-o de barriga para
cima para que as crianças pudessem observar sua pele, como é a textura e
coloração da mesma. Quem queria tocar na barriga do sapo colocou uma luvinha
para o caso de o sapo fazer xixi e não pegar em sua mão. Aprendemos que o
veneno do sapo fica na parte de cima da sua cabeça, onde ali se alojam duas
bolsinhas com a toxina e, que ele só libera seu veneno quando sente dor ou
sente-se ameaçado por algum predador.
A professora virou o sapo de barriga para baixo segurando-o
com uma luva, pois se ele fizesse xixi na mão dela, não teria problema, então
as crianças que sentiram vontade, puderam tocar no sapo. Foi um momento muito
incrível, porque todas as crianças estavam bem atentas aquele momento e a
maioria das crianças quiseram tocar no sapo mostrando-se bem à vontade naquele
momento.
Após este momento decidimos que o sapo tinha que ir para um
lugar bem úmido porque senão ele iria morrer. Então a professora Darliane
atravessou a rua e largou-o no potreiro na frente da escola. As crianças ficaram
observando este momento com muita alegria e entusiasmo.
Depois de colocarmos o sapo em sua nova casa, passamos no
banheiro para fazer a higiene das mãos, onde as lavamos com bastante sabonete,
em seguida retornamos para sala.
Ao chegarmos à sala, fizemos uma roda onde socializamos com
os colegas sobre como foi este momento com o sapo. Sugerimos então às crianças
em fazermos um texto coletivo desde o começo da manhã quando viram as pegadas
do sapo até o momento de levarmos ele ao seu novo lar. O texto ficou bem criativo, pois todos
colaboraram com uma parte do texto fazendo seu relato sobre a experiência
vivenciada. Depois de pronto o colocamos exposto ao lado de fora da sala.
E assim continuamos nossos trabalhamos de pesquisa do sapo.
Porem algo no meio do caminho estava também tomando a atenção das crianças,
pois a turma estava cantando a todo momento a música: “LEPO, LEPO”, e assim nós
sugerimos às crianças para criarmos uma paródia sobre o sapo, no ritmo desta música.
As crianças adoraram a ideia e todos colaboraram com a criação da letra da
mesma, que ficou assim:
SAPO, SAPO
AH, EU JÁ NÃO SEI O QUE FAZER,
EU VIREI UM SAPO E TO SÓ BATENDO PAPO
AH, NÃO TENHO MAIS PRA ONDE CORRER
JÁ FUI DESPEJADO E PRECISO ACHAR UM LAGO
AGORA EU PRECISO DE UM BEIJO
SERÁ QUE ALGUÉM VAI QUERER?
AGORA VOU SABER A VERDADE...
SE É DINHEIRO, SE É AMOR OU CUMPLICIDADE
EU TENHO VERRUGAS, EU SOU GOSMENTO
E SE FICAR COMIGO EU
HAHAHAHAHAHAHA EU VIRO UM PRÍNCIPE
VAI SER BOM DEMAIS QUANDO
HAHAHAHAHAHAHA EU VIRAR UM PRÍNCIPE...
EU COAXO, EU COAXO E NÃO CONSIGO MAIS PARAR
POR QUE...
HAHAHAHAHAHAHA EU SOU UM SAPO
HAHAHAHAHAHAHA EU SOU UM SAPO...
Noutro momento, fizemos uma hora do conto com a turma, onde
contamos a história: “O SAPO BOCARRÃO”, utilizando figuras dos personagens da
história.
Após a história, nós conversamos sobre a mesma e convidamos
as crianças para fazer um Sapo Bocarrão de caixa de papelão, onde a encapamos
com papel pardo e pintamos a mesma com carimbos das mãos das crianças em vários
tons de verde.
Depois de pronto nosso sapo, nós brincamos com ele,
arremessando bolas na sua boca grande.
Na aula de inglês aprendemos algumas palavras referentes ao
projeto, como: Sapo, Príncipe, Princesa, Bruxa, Rei e Rainha.
RAINHA=QUEEM
SAPO=FROG
PRÍNCIPE=PRINCE
PRINCESA=PRINCESS
BRUXA=WITCH
REI=KING
Então, dando seguimento ao projeto fizemos uma hora do
conto, onde contamos a história: “COISAS DE BRUXAS”, utilizando um livro
tridimensional. Conversamos sobre a história. E então começamos a falar das
coisas que temos medo, retomando que algumas pessoas tem medo de bruxa e também
de sapo, e com o objetivo de fazê-las entender que todos nós podemos ter medo,
mas que não podemos deixar este medo tomar conta da nossa vida. E então
procuramos gravuras em revistas que pudessem representar o nosso medo e em
seguida confeccionamos o seguinte cartaz: “EU TENHO MEDO DE...”.
Colocamos então o cartaz exposto no mural da área coberta,
enfeitado com TNT preto. Ao lado do nosso cartaz colocamos um pedaço de papel
pardo em branco com a seguinte escrita: “E VOCÊ FAMÍLIA TEM MEDO DE QUÊ?”, para
que os membros da família pudessem escrever seus medos, para nós conhecermos um
pouco mais de cada um. Estes medos, então foram recortados e colocados junto
com os medos das crianças no “BAÚ DOS MEDOS”.
Queremos agradecer a todos os familiares que colaboraram
escrevendo no nosso cartaz. Aqui vai a foto de algumas pessoas especiais que
fazem parte da nossa comunidade escolar.
Fizemos um momento de socialização sobre os nossos medos, em
seguida, fizemos um desenho dos nossos medos em ¼ de folha de ofício. Depois de
prontos, cada um mostrou o havia desenhado aos colegas falando o porquê tem
medo daquela coisa, após o relato, cada criança guardou seu medo dentro do “BAÚ
DOS MEDOS”, para compreenderem que nós temos direito de ter medo, mas o
guardamos ele no nosso baú, pois não podemos viver com medo das coisas, não
podemos deixar o medo tomar conta de nós. Ao término deste momento nós
guardamos nossa caixa dos medos na estante da nossa sala em um cantinho.
Para entendermos que ter medo em excesso nos impede de ter
uma vida normal nós assistimos ao desenho “A CASA MONSTRO”, que transmite a
mensagem de que nem tudo que parece é. Conversamos sobre o filme e após,
fizemos um desenho com giz no pátio sobre o mesmo.
A coordenadora Márcia trouxe uma barraca de acampamento para
nos emprestar, assim que a professora Darliane chegou à escola, as duas
montaram a barraca na área coberta para fazermos um momento de contação de
história com as crianças.
Ao entrar na barraca, nós contamos algumas histórias de
‘terror’, onde cada criança criou uma história para contar aos demais. Numa
certa hora a Bruxa apareceu do lado de fora da barraca e quis entrar, então
todos nós mandamos ela embora, e então ela foi e não apareceu mais. Ao
retornarmos à sala fizemos uma roda e em seguida socializamos com a turma como
foi este momento. As crianças mostraram-se entusiasmadas com este momento e
perguntaram se poderíamos fazer isso mais vezes.
E assim continuamos o nosso projeto de pesquisa, pois ainda
há muito o que pesquisar e aprender sobre o sapo...até chegarmos ao nosso ponto
de partida “Sapo vira príncipe?”.
Este projeto ainda está em andamento, e pude perceber até
agora, o interesse das crianças em pesquisar sobre os assuntos em questão. Todo
questionamento que algum colega traz vira motivo de pesquisa, onde elas falam:
“Não sabe? Vamos pesquisar.”. Todos estão muito envolvidos e participativos com
todas as atividades realizadas no decorrer do projeto, pois elas realizam as
atividades com prazer e alegria. São desafiadoras e estão sempre exigindo cada
vez mais dos professores. Criativas, estas crianças conseguem criar textos e musicas
praticamente sozinhas. Esperamos continuar aprendendo e descobrindo cada vez
mais.
Projeto enviado pela professora Darliane Fauth da Silva
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